sábado, julho 30, 2005

Tragicômico


Um trabalho "emprestado" do Angeli. Nessa onda monotemática que não afeta só o país, mas também uma contributor desse modesto blog, é preciso rir para não chorar.

15 minutos de fama

No dia 20 de julho, ouvi um interrogatório completamente dispensável na TV Senado. O deputado Onix Lorenzoni aproveitava seus 15 minutos de fama com Delúbio Soares, durante "oitiva" na CPMI dos Correios. Não quero discutir a idoneidade do ex-tesoureiro, que, certamente, é muito mais que nebulosa, mas a forma como o deputado o abordava. Vai ver seu discurso hipócrita era pra compensar o esquecimento da melancia que gostaria de pendurar no pescoço.

Não pude me conter. Mandei-lhe um e-mail:

Nobre Deputado Onyx Lorenzoni,
Obrigada. O Sr. conseguiu me abrir os olhos para algo que estava ainda obscuro. A imunidade parlamentar é realmente uma merda. Sua atuação na CPMI dos Correios é deplorável. Consigo gostar menos do Sr. do que desse escândalo todo. Nunca imaginei que alguém precisasse baixar tanto o nível da discussão para poder chamar a atenção. Quem sabe, a leitura deste e-mail em alguma das sessões o faça aparecer na mídia. Pode ser mais eficiente. O que acha?
Atenciosamente, Helena Máximo.

Não obtive resposta do deputado, é claro. Mas ri muito ao confirmar a impressão que tive do parlamentar ao ler essa nota na Folha de S. Paulo:

Bancada do flash
Onyx Lorenzoni (PFL-RS), deputado da CPI dos Correios, não pode ver o triângulo com que as câmeras de TV costumam marcar o lugar dos entrevistados no Congresso. Já vai logo parando.

Será que eles se estapeariam pra ficar no centro das atenções?

terça-feira, julho 26, 2005

Nota

Hoje, Fernanda Karina, ex-secretária de Marcos Valério, expôs seu desejo de se candidatar a deputada federal. Para angariar fundos de campanha, ela está estudando uma proposta de uma revista masculina para posar nua. Ela disse ter mais a contribuir com o país.

Permito-me um comentário: quem te conhece que te compre.

sábado, julho 23, 2005

Cultura

Cultura, ah! a cultura!

Se, às vezes, achamos que pode ser um problema, quão maravilhosa pode ser e é a cultura...

terça-feira, julho 19, 2005

CPMI pictures

TV Senado virou mania. Os personagens que entram e saem da telinha andam mais ficcionais do que nunca. O risco de ficar zapeando os canais é cair numa sessão da CPMI dos Correios e não conseguir mais sair.

Veio-me à cabeça aqueles filmes de suspense terríveis, nos quais o final não parece mais novidade, mas não se consegue mais parar de prestar atenção no desenrolar das cenas. É ainda pior do que isso. Parece que estou numa poltrona daqueles ônibus executivos da Catarinense, exatamente no momento em que é ligada a TV topograficamente deslocada do veículo para exibir mais um filme de sessão da tarde. Ah... claro... não esqueçamos do ar condicionado ligado numa temperatura de 10 graus centígrados, como se quisessem os movimentos dos passageiros fossem reduzidos ao máximo. Não consigo pregar o olho e não importa o quão cansada esteja.

Na CPMI, os investigados e as testemunhas vêm e vão e parece que todos são suspeitos. Nem sei mais porque a comissão se chama “dos Correios”, já que a idoneidade da instituição não parece ser o principal objeto de investigação ali. Fico feliz por uma coisa pelo menos: quando vejo as sessões, até parece que nossos deputados trabalham de verdade. Mesmo assim, não consigo me convencer de que eles valem o dinheiro que custam ao erário público, pois fico me perguntando qual é a criatura sentada em uma daquelas cadeiras que não tem nenhum podre escondido embaixo da pose de santo. Confesso: um ou dois ainda me dão esperança. Mas também acredito que, quanto mais cara-de-pau e salafrário um seja, mais cacife ele tem para fazer as perguntas certas pros que também têm algum podre a revelar.

Tenho que concordar em uma coisa com o deputado Roberto Jefferson: acompanhei de perto uma campanha eleitoral para prefeito e sei – como 2 e 2 são 4 – que é muito mais que comum não se declararem todos os gastos nas disputas eleitorais. Contratos inteiros são “acertados” por debaixo dos panos e recibos de doadores têm grandes chances de estar abaixo da marca do zero grau. Algumas prestações de contas feitas ao TSE nem se preocupam em ser verossímeis, mas acho que a fiscalização está mais preocupada com a verificação de valores iguais entre receitas e despesas do que com o confronto de fatos (qualidade e quantidade da propaganda veiculada, material publicitário, nível de produção, contratos prováveis e todas essas coisas que todo mundo pode ver) e dados (o que se declara ter feito na campanha). Pra ser ainda mais sincera, pude perceber que existem alguns candidatos que nem se preocupam em manter parelhos os valores das despesas com os das receitas na declaração ao TSE, o que me deixa ainda mais boquiaberta.

Voltando à vaca fria, o filme continua. Com um roteiro espalhafatoso e desencontrado. Não se sabe quais mentiras escondem verdades e quais verdades geraram mentiras. Nunca vi produção tão compartilhada. Todo mundo quer meter o bedelho e tirar uma casquinha. A que sai nitidamente ganhando é a imprensa, que fala o que quer, nunca senta no banco dos réus e sempre chama todas as atenções para si.

quarta-feira, julho 13, 2005

Mais chamadas estúpidas - as "jornalísticas"

"Valério movimentou mais de 1 bilhão de reais em 2004"

Não foi ele - Valério, pessoa física - foram as empresas dele, pessoas distintas com patrimônio próprio que podem ter movimentado essa quantia sim, e daí? Cadê o furo jornalístico aí? As empresas dele pagaram os impostos relativos a esse montante? Se sim, nada há de mal aí.
E, se ele, Valério - pessoa física, movimentou esse dinheiro, mas pagou os impostos, não há problema.

Essa é a chamada sacana! Agora vamos à chamada burra.

"Valério tem suas contas (corrente) bloqueadas." (explicação nas linhas seguintes: não pode mais movimentar o dinheiro porque o INSS pediu à Justiça que substituísse as fazendas dadas em garantia de suas dívidas por dinheiro das suas contas correntes).

Não significa que o Valério não pode mais movimentar suas contas como se estivesse com os bens indisponibilizados pela Justiça. Significa que o Poder Judiciário pode determinar que se substitua os bens dados em garantia por dinheiro que passar pelas contas DAS EMPRESAS de Valério. O que será bloqueado é o valor da dívida, não as contas. A partir do momento em que estiverem disponibilizados os valores que irão garantir a dívida, os demais valores que passarem pelas contas em questão poderão ser movimentados à vontade.

Odeio o jornalismo marrom! argh!

quinta-feira, julho 07, 2005

Estranho...

Então... revendo os números...

Para estabelecer o quorum mínimo para a votação de projetos de lei, 257 deputados precisam estar presentes.

Para aprovar mudanças constitucionais, são necessários, pelo menos, 308 votos a favor, certo?!

E para derrubar o governo? Será que só um deles é suficiente?

Quão frágil essa estrutura pode ser???

terça-feira, julho 05, 2005

Larri e Guga, amem-se ou deixem-se!

“O Guga não é talentoso, ele tem o raciocínio rápido e uma grande capacidade de enxergar o jogo.”

Segundo a revista Trip, esta é uma das afirmações que o ex-técnico de Gustavo Kuerten - Larri Passos, fez de seu ex-pupilo.
Interessante que na chamada da reportagem figura apenas a parte em que ele -Larri - diz que Guga não é talentoso. Imagino que a revista insinua que Larri acha Guga um sujeito sem talento no Tênis somente para atrair leitores... Nem acho que pense mesmo isso!

Fora a maldosa manchete da Trip com o objetivo de criar polêmica, se Larri Passos falou isso de Guga, penso que não prestou atenção ao que disse.

"... ele tem o raciocínio rápido e uma grande capacidade de enxergar o jogo." Precisamente é este o grande talento de Gustavo Kuerten então! Que o levou, diga-se de passagem, ao tri-campeonato de Roland Garros.

Sem talento seria difícil chegar a esta posição, sem dúvida. Pontos a menos para a revista trip e para larri passos.

Vocês não ficam de saco cheio dessas chamadas estúpidas do jornalismo barato?